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Saúde investiga duas mortes por suspeita de meningite no interior do Paraná

Duas mortes suspeitas de meningite meningocócica são investigadas pela Secretária de Saúde do Paraná. Um caso é de um bebê de sete meses que morreu neste fim de semana no Hospital Universitário (HU) de Maringá. O outro é a morte de um menino de dois anos em Jataizinho, região de Londrina, ambas cidades do Norte do Estado.
O menino de dois anos morreu na sexta-feira com características fortemente ligadas à meningite. Um exame no Laboratório Central do Estado (Lacen) vai confirmar a causa da morte. Tudo aconteceu muito rápido, de acordo com a mãe. A criança teve febre pela manhã de sexta e foi medicada com paracetamol. Entretanto, por volta das 12h20 do mesmo dia, acabou morrendo.
Já a bebê de sete meses, de nome Alice, permaneceu internada com meningite desde o início do mês e acabou ou não resistindo. Ela foi a segunda morte pela doença na cidade. O primeiro caso aconteceu em fevereiro, quando um menino de um ano não resistiu aos sintomas.
O que é a meningite? Quais os principais tipos?
A meningite é uma infecção, com inflamação, do sistema nervoso central. A meninge é a membrana que envolve o cérebro e quando se tem uma infecção nela, você tem um quadro grave de inflamação, febre, dor de cabeça, a criança pode vomitar em alguns casos mais graves. A doença é causada por vários tipos de agentes infecciosos, que vão desde viral até bacterianos e, dentro dos bacterianos temos o meningococo.
Como é a forma de contágio da meningite? Ela pode atingir pessoas de qualquer idade?
No caso da meningite meningocócica, que é essa bactéria que a gente chama de bactéria contagiosa, existe uma transmissão de uma pessoa para outra. Normalmente, essa transmissão é por via aérea e a pessoa que está como portadora, transmite para outra pessoa. As crianças, quanto mais novinhas, tem maiores riscos de infecção e casos graves, mas qualquer pessoa pode ter uma meningite meningocócica.
Há algum outro tipo de prevenção além da vacina?
Quanto há um caso confirmado de meningite meningocócica, é feito uma profilaxia com antibióticos nos contactantes próximos, que são aquelas pessoas que convivem com quem ficou doente: pais, irmãos, colegas de trabalho ou de sala. Então é feita a profilaxia nas primeiras 48 horas, com antibiótico específico, para reduzir a chance dessas pessoas estarem colonizadas ou terem sido infectadas pelo meningococo.
Quais os principais sintomas da meningite meningocócica?
Além da dor de cabeça, febre, dor de cabeça e vômito, a meningite meningocócica também apresenta manchas vermelhas ou arroxeadas na pele. Nesse caso, a evolução é bastante rápida. Assim que as manchas aparecem, evoluem ao corpo inteiro. É uma doença que normalmente evolui de forma muito drástica e com alta chance de óbito nas primeiras 24, 48 horas.
Quais os tipos de vacina disponíveis e quem deve se vacinar?
Na meningite meningocócica, a gente tem basicamente três tipos de vacina. Isso porque o meningococo tem vários sorotipos, geralmente classificados por letras. Na rede pública, temos a vacina contra o tipo C, que é responsável por cerca de 70% dos casos de meningite no Brasil. Essa vacina está disponível para crianças até um ano de idade. Já na rede privada temos vacinas combinadas, como a ACWY, com quatro sorotipos diferentes, ou a meningocócica B, que protege contra o tipo B. Elas são recomendadas na infância, mas qualquer pessoa que não tenha sido vacinada, pode ser, sendo ela mais recomendada para crianças e adolescentes.
Qual a importância da vacina?
É uma vacina que trata de uma doença muito grave. A meningite meningocócica tem a característica de ser uma doença de evolução muito rápida e grave, com risco de óbito elevado. Então, é uma vacina com muito poucos eventos adversos, sendo eles basicamente locais: dor no local de aplicação, febre. Mas é uma vacina que deve ser feita e recomendamos para todas as pessoas.
É importante tomar quantas doses?
Depende da faixa etária que se inicia o tratamento. No primeiro ano de vida, a depender da vacina, pode ser necessário até três a quatro doses. Nos adultos ou crianças mais velhas, a ACWY, uma dose é suficiente. Já para o tipo B, duas doses.
Fonte Banda B

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