A morte por afogamento de um homem de 25 anos, na tarde do último dia 8 de janeiro, trouxe à tona os alertas sobre a proibição da prática da pesca subaquática no Paraná. O jovem morreu na piscina de barcos da Marina Ponta do Poço, em Pontal do Paraná.
Considerada crime ambiental, a pesca subaquática, profissional ou amadora, é proibida nas Baías de Antonina, Paranaguá, Guaraqueçaba e Pontal do Paraná. A pena para quem for flagrado cometendo este tipo de crime é de um a três anos de detenção, multa e apreensão dos equipamentos, inclusive embarcações.
Além de criminosa, a pesca subaquática é perigosa e tem seus riscos potencialmente elevados se feita em piscinas de marinas, como no caso da Ponta do Poço.
Mergulhador experiente e advogado da Marina Ponta do Poço, Claudio Dalledone Junior, comenta que diversos elementos compuseram a tragédia da tarde do último dia 8 de janeiro. “As piscinas das Marinas são locais privados e proibidos para mergulhadores e banhistas. Mais do que isso, são áreas muito perigosas. Água turva, obstáculos como pilastras, cordas e âncoras, sem falar no fluxo constante de embarcações elevam os riscos. É um local de uso exclusivo para marinheiros e acesso à embarcações, nada mais”, alertou.
Tragédia
Segundo Dalledone, a morte do rapaz aparentemente ocorreu, após a fisgada de um peixe. Para o advogado, as condições do local foram determinantes para a morte. “Ele havia fisgado um peixe com seu arpão. Ali é um local difícil, de pouca visibilidade.
O peixe deve ter mergulhado ao ser atingido e isso fez com que a corda do arpão enrolasse no corpo do mergulhador o puxando para o fundo. Foi uma cena triste quando o resgate retirou o corpo, na tarde do dia 9, e nos demos conta do ocorrido. É uma atividade perigosa e proibida. Se este rapaz tivesse respeitado a lei, os limites da Marina, certamente estaria vivo ainda”, comentou o advogado.
O corpo do jovem foi localizado pela equipe de resgate do Corpo de Bombeiros na tarde do dia 9.
Fonte Banda B
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